lunes, 28 de enero de 2013


MURIÓ JAIME NEVES, MILITAR POLÉMICO DEL 25 DE ABRIL

NOTICIA DE PRENSA:
O general Jaime Neves - que chefiou o regimento de comandos no golpe militar de 25 de Novembro de 1975 - morreu na madrugada deste domingo, 27 de Janeiro, aos 76 anos.  Pôs fim à influência da esquerda militar radical e conduziu ao fim do PREC (Procceso Revolucionário em Curso). Na reserva desde 1981, Jaime Neves era um dos mais medalhados comandos do Exército, tendo-se reformado com a patente de coronel.
Em 1995, foi condecorado pelo então Presidente da República, Mário Soares, com a medalha de grande-oficial com Palma, da Ordem Militar da Torre e Espada, do valor, Lealdade e Mérito.
Já em 2009, por proposta do antigo chefe de Estado Ramalho Eanes e do general Rocha Vieira, Jaime Neves foi promovido a major-general pelo Presidente da República, Cavaco Silva. O processo causou polémica entre os militares.  Nenhum dos oficiais do 25 de Abril ter sido objecto de tratamento idêntico. Além dos militares, também o Partido Comunista, se insurgiu com a promoção.
PSD, PS e CDS destacaram neste domingo o contributo do general Jaime Neves na consolidação do pluralismo democrático, com as suas intervenções no 25 de Abril de 1974 e, sobretudo, no 25 de Novembro de 1975.

25 DE NOVIEMBRE:
Quiero destacar la actuación de la “figura visible” en televisión del “Capitão de Abril” Durán Clemente, “cara opuesta” a Jaime Neves, con el que ya anteriormente coincidiría en las colonias y con el que ahora se enfrentaría:
25 de Novembro de 1975 – Às 21h10, quando o capitão Manuel Duran Clemente, segundo-comandante da Escola Prática de Administração Militar, falava na televisão a partir dos estúdios do Lumiar, a emissão foi cortada passando a ser assegurada pelos estúdios do Monte da Virgem (Porto).
Manuel Clemente (25 de Maio de 2010 à0 01:39) EU só ocupei a RTP ÃS 15h00 do dia 25 de Novembro. A ocupação foi para que uma comissão de páraquedistas lê-se um comunicado. Tinha em vista explicar a acção desenvolvida na madrugada para contestar a acção do CEMFA graduado General Morais e Silva... Os autors do chamado golpe estão descritos no livro do Comandante José Gomes Mota editado no ano seguinte... Foi um golpe da direita militar e dos conservadores apoiados pelo grupo dos nove. Explica lá tudo...Tive a RTP até depois do noticiário ...das 20h00.Quando depois de falar 10 minutos,foi feito o corte na antena de Monsanto, por Jaime Neves... que teve medo de ir à RTP...A Alameda das Linhas de Torres tinha mais de quinze "basucas" nos telhados apontadadas às chaimites e estava cortada pelos autocarros da empres rodoviaria da altura... etc.. etc... Fui a Tancos no dia 27... fiz o ultimo plenário dos paraquedistas e o seu comunicado está no meu livro.... Depois das negaciações em Lisboa é que se fez a rendição....

RESUMEN DE IMPRESIONES EN FACEBOOK A RAÍZ DE LA MUERTE DE JAIME NEVES:

Manuel Duran Clemente: Apesar de ter mudado muito e estar mais condescendente...não sou capaz, mesmo nesta hora, de me esquecer das históricas atrocidades deste senhor...nomeadamente em Moçambique... onde tive o desprazer de o conhecer. Sabemos bem...sabe quem quer...e tem memória... das peripécias à volta da sua ténue participação (militar e conspirativa) no 25 de Abril e da despudorada manifestação de arrogância no 25 de Novembro...a que provocou mortes...sem qualquer necessidade. O falecimento dum ser humano respeita-se mas não serve para branquear jactâncias e comportamentos pouco elevados,a vários níveis!!!! RIP...
Os "nove" e Ramalho Eanes... apenas precisaram dele. Mas sempre o detestaram. E aliás não acharam graça nenhuma à promoção dele a General...que os saudosistas do passado promoveram e nela se empenharam. Faz impressão ao ler opiniões consideradas "sensatas" que procuram lavar a memória de procedimentos cruéis e bárbaros...como os que este senhor teve em Moçambique. Eu estava lá sei do que falo. Por favor informem-se!!! Com esta falta de coluna vertebral de muitos...que podemos esperar deste PORTUGAL ...ou destes portugueses "esquecidos"...???
John Trindade:  Notícia muito triste...mas é o caminho de todo o ser humano- mais cedo ou mais tarde falecer!! Entretanto, acredito que há algo de muito errado: não acredito que o Jaime Neves alguma vez apoiou ou teve qualquer papel na PALHAÇADA do 25 de Abril. Acredito que foi um homem de grande integridade, de carácter, moral e autêntico patrióta para dar qualquer apoio a qualquer tipo de "golpe" orquestrado pelos militares lacaios dos comunas, socialistas, da URSS...
Vivo na Af. Do Sul porque fui recebido com muita honra e acarinhado. Fui militar, Alf. Milº, Cte da 4ª Cª/B.Caç. 18, nascido em Moçambique- 2ª geração- com muita honra e orgulho! O 25 de Abril até não foi um golpe preparado por certos militares, mas no exterior. Sei muito sobre o assunto. MAS...o após 25 de Abril é o que você vê: primeiro, "VENDERAM" a minha terra, assim como Angola!! FUGIRAM/ABANDONARM os Timorenses!! E hoje estão a vender o que resta de Portugal!! BEM HAJA O 25 DE ABRIL! Um abraço, amigo!!!
Manuel Duran Clemente Olhe ,Jonh Trindade,que sobre o 25 de Abril e tendo em conta o que diz...não me parece lá muito bem informado.Mas afinal sempre reconhece que o 25 de Abril era necessário.Já não é mau. Mais uma coisa : quem" vendeu" a sua terra foi a praga do colonialismo que não soube atempadamente dar condições para uma autodeterminação pacifica...etc.etc...Ninguém abandonou ninguém...ou seja, quem abandonou os povos foi o FASCISMO que nunca soube(nem era do seu ADN) tratar os povos como pessoas...os reprimiu e sufocou.Faça uma reflexão séria e calma e verá que terá muito para descobrir...se for caso disso!!
Jose Dias Gostava de ter visto este herói do 25 de Abril, Manuel Duran Clemente, ter tido a coragem de pessoalmente, em Moçambique, fazer estas afirmações ao Comando Jaime Neves. Corajosos estes "militares" que batem em mortos quando não tiveram coragem de os enfrentar em vivos!
Manuel Duran Clemente Fiz várias vezes frente ao então major Jaime Neves...sr José Dias...quer em Moçambique quer por bandas de Outubro e Novembro de 1975...em Lisboa.Jaime Neves não me atacou na RTP,porque teve medo. Sabia que tinha bastantes metralhadoras e bazucas à espera dele na entrada da Alameda das Linhas de Torres.Resolveu fazer marcha atrás e ir para Monsanto.Por acaso nunca tive medo de Jaime Neves...nem vivo nem morto.O problema é seu em não saber ler o que se escreve....Mais, é uma calúnia o que você diz---Não sabe nada do que se passa na vida militar. Em Nampula recebemos ordens para prender Jaime Neves...Sabe qual foi a sua façanha? Assaltar um bar/restaurante situado no meio da cidade...Fê-lo completamente embriagado...e só por isso o Kaulza...resolveu...esquecer!!!
Moisés Cayetano Rosado Estimado Durán Clemente: ya sabes cuánto admiro tu actuación en el Movimento dos Capitães y particularmente en el 25 de novembro de 1975. Y ahora, tu valentía en este muro, y en este momento. Um abraço.


3 comentarios:

  1. Terá Otelo estimulado a saída dos paraquedistas em 25.11.1975???

    Estimulados ...".Não é dar ordem para um golpe militar.Este efectivamente só existiu por parte do "grupo dos nove" e da direita que a ele se associou.Veja-se a narrativa de Gomes Mota no seu livro publicado em 1976 "A resistência".Aqui é descrito todo o caudal de preparação do golpe e fica claro qual a sua autoria.É evidente que tudo,foi feito pela cadeia de comando, conservadora,e pouca amiga da revolução,para que os paraquedistas de Tancos "mordessem o isco"...ao serem estimulados a tomar uma iniciativa,uma acção "reivindicativa - com foros "corporativistas"- visando o seu CEMFA,Morais Silva.que andou de propósito a brincar com um Regimento que tinha de 3 para 4 mil militares.Até a minha acção na RTP- acção de solidariedade para que uma comissão de paraquedistas esclarecesse o que se tinha passado...até essa minha intervenção é transformada... como sendo parte do golpe dito de esquerda...!!!Não tínhamos golpe nenhum em marcha.Se o tivéssemos porque não confessá-lo passados tantos anos.

    Passados tantos anos posso reafirmar que não havia golpe nenhum da nossa parte.

    Passados tantos anos posso dizer e lamentar que foi pena não termos tido esse golpe preparado.

    Tínhamos defendido a revolução e mantido o processo "dos dias mais felizes" que o povo português viveu nos últimos quarenta anos,agora estigmatizado com a alcunha de PREC.

    Foi de facto um período lindo da história portuguesa.

    Claro que pouco agradável para os poderosos e seus aliados que não gostaram de estar a perder privilégios.

    Foi pena ,poucos ou muitos, não termos podido defender e manter o genuíno instinto da revolução de Abril.

    Aí começou o descalabro.Os resultados estão à vista.

    Tenham coragem --ao menos --de o admitir.

    Chega de mentira e de manipulação.Estas não dão de comer aos quase três milhões de portugueses que se encontram no limiar da pobreza e aos restantes que suportam hoje as dificuldades que lhe são impostas pelo exterior e por um governo completamente incompetente, traidor e reaccionário.(MDC)

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  2. Muito bem. Concordo plenamente. É lástima o processo seguido depois do 25 de novembro. E assim vamos agora, perdidos os ideais de Abril, triunfante o neoliberalismo.
    Moisés Cayetano Rosado

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  3. Concordo plenamente com MDC.
    Um abraço

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